SOC. PORT. MEDITAÇÃO/MINDFULNESS


O que é burnout? Sintomas, medidas de ataque e de prevenção
Burnout é um estado de exaustão física e emocional. Pode ocorrer quando experimentamos stress de longo prazo no trabalho ou quando trabalhamos numa função fisicamente ou emocionalmente desgastante por muito tempo. Sinais comuns de burnout são: Sentir-se cansado ou esgotado na maior parte do tempo. Sentir-se impotente, preso e/ou derrotado.

Vítor Bertocchini - Psicólogo, PhD.



O que é burnout?

Este é o segundo artigo de uma série de artigos sobre o burnout. Se deseja saber mais pormenores sobre o que é o burnout e formas de o evitar não deixe de ler o artigo: Mindfulness para diminuir o stress e o burnout e aumentar a resiliência.

O burnout está incluído na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) como um fenómeno ocupacional. Não é classificado como uma condição médica. O burnout é definido na CID-11 da seguinte forma: “Burnout é um síndrome conceptualizado como resultado do stress crónico no local de trabalho que não foi gerido com sucesso. É caracterizada por três dimensões:



Burnout refere-se especificamente a fenómenos no contexto ocupacional e não deve ser aplicado para descrever experiências em outras áreas da vida.
Burnout é um estado de exaustão física e emocional. Pode ocorrer quando experimentamos stress de longo prazo no trabalho ou quando trabalhamos numa função fisicamente ou emocionalmente desgastante por muito tempo. Sinais comuns de burnout são: Sentir-se cansado ou esgotado na maior parte do tempo. Sentir-se impotente, preso e/ou derrotado.
Pode levar à insatisfação pessoal e profissional; isolamento social; problemas de relacionamento; depressão; abuso de substâncias; e, em casos extremos, suicídio. Portanto, é importante aprender a prevenir o burnout e procurar atendimento profissional caso ele ocorra.





MBSR - Reduzir o Stress e + em 8 Semanas

Vítor Bertocchini, PhD.

Reduzir Stress | Depressão | Ansiedade em 8 Semanas · 65 Áudios + Workbook




O que fazer se tiver burnout?

Reconhecer que tem burnout costuma ser o primeiro passo para fazer um plano de recuperação. Tenha em atenção que poderá não necessariamente reconhecer o burnout nos seus estágios iniciais. Geralmente, quando o burnout realmente se instala, é quando pode dizer: 'Algo está errado comigo'. Existem passos tangíveis que pode tomar para voltar a um caminho melhor.


Cuide da sua saúde mental.
Ver um Psicólogo costuma ser um bom primeiro passo para lidar com o burnout. Muitas vezes falamos sobre a ideia dos nossos depósitos de gasolina estarem vazios. E o que fazemos na terapia é realmente tentar focar em como reabastecer esse depósito. Ter aquele lugar seguro para conversar com alguém que não é um membro da família, amigo, colega de trabalho ou vizinho - mas alguém imparcial e treinado para dar feedback clínico - pode mudar a sua vida, especialmente durante esses momentos stressantes.
Uma das primeiras coisas que um terapeuta pode querer saber é com o que está a lidar no dia-a-dia. Por exemplo, se estiver com problemas de sono/vigília, com a comida ou com dificuldades em concentrar-se adequadamente porque está muito preocupado com ‘deadlines’ no trabalho, isso é um grande indício de que algo está a acontecer.
Crie pausas – e check-ins pessoais – na sua agenda.
É recomendado fazer pausas como uma boa solução para começar a combater o burnout. Temos que ser capazes de nos afastar do computador por alguns momentos ou de qualquer fonte de stress para cuidar da nossa saúde e bem-estar. É importante que todos nós façamos um check-in diário, talvez até vários, com nós mesmos, para ver: 'Como estou emocionalmente? Como estou fisicamente?'

Estes passos estão presentes em todos os cursos online de Mindfulness.
Exercício Físico.
Encontrar a energia para se exercitar oferece uma abundância de benefícios para a saúde, incluindo ajudá-lo a lidar com o burnout. Independentemente de quanta energia possa ter num determinado dia se puder fazer algum tipo de exercício físico isso sempre será uma ferramenta de coping útil. O exercício não significa uma ida ao ginásio - podemos fazer exercícios de várias formas diferentes em casa e/ou caminhar. Pode ser apenas dedicar alguns minutos todos os dias para fazer algum exercício físico.
Pratique mindfulness.
Embora a meditação possa parecer desnecessária, a sua prática tem efeitos profundos no sucesso profissional e na satisfação profissional. Vários estudos indicaram que praticar a meditação mindfulness pode não apenas prevenir o burnout como ajudar na recuperação. Foi demonstrado que mindfulness reduz significativamente o burnout, o stress e a ansiedade. Se está a passar por um fase de burnout tente meditar. Lembre-se de confiar no processo e não julgar os seus pensamentos. Em breve sentir-se-á com maior ânimo para voltar ao trabalho e à vida!

Um simples check-in pode ajudar, principalmente quando faz parte da sua rotina. Dedique alguns minutos enquanto se prepara de manhã para se perguntar: Como estou a sentir-me? Como está a minha mente e o meu corpo? Ou quando entra no carro no final do dia, antes de ligar o carro e partir, apenas sente-se por alguns minutos. Não precisa fazer nada além de sentar e respirar.
Pratique Pranayama / Breathwork (exercícios respiratórios).
O conceito de pranayama gira em torno da ideia de que a respiração tem um poder sobre os estados mentais e sobre os processos regulatórios do corpo. Uma maneira de fazer isso é a através do prolongamento das expirações (saber mais em curso de Pranayama). Outra forma é através da respiração profunda. O melhor ao fazer a respiração profunda é que ela possibilita o foco nas inspirações e expirações (saber mais em curso de Pranayama). Ao fazer isso, estamos a focar-nos no momento presente. Isso é algo que pode fazer em qualquer lugar a qualquer momento. É fácil e não requer nenhum equipamento. As outras pessoas nem saberão que está a respirar profundamente. Mas os efeitos positivos podem ser maravilhosos.
Estabeleça uma rotina diária de auto-cuidado geral.
Com os limites entre vida profissional e pessoal indistintos pode ser difícil estabelecer divisões rígidas entre o trabalho e a vida pessoal. Mas é crucial estabelecer uma rotina diária saudável para dormir, comer e não trabalhar. É importante dizer: ‘muito bem, trabalhei bastante. Agora preciso parar e cuidar dos aspetos pessoais e sociais da minha vida, coisas que são nutritivas e relaxantes'. Defina um alarme para sinalizar quando é altura de parar de trabalhar é uma técnica útil. Anotar a sua lista de tarefas é outra técnica que pode ajudar a deixar mais claro o que precisa fazer. Quando coloca por escrito possibilita a divisão em metas pequenas e alcançáveis. Essa é uma boa forma de abordar as tarefas do dia a dia.
Retiro de 5 dias - A Mindul Heart: Mindfulness & Chi-Kung
Ver +

Como prevenir o burnout no futuro?

Embora possa parecer opressor no momento saiba que é possível recuperar do burnout. Pode dar trabalho e tudo se resume a estabelecer uma rotina diária significativa e criar e manter limites para que possa cuidar da sua saúde e bem-estar, ao mesmo tempo em que atende às responsabilidades de seu trabalho ou de sua vida pessoal.
Depois de reconhecer os seus sintomas de burnout poderá recalibrar as suas ações se sentir que a sua vida está a ficar fora de sincronia. Manter as linhas de comunicação abertas com os seus sistemas de suporte também pode ajudar a evitar o burnout. Esse é outro aspecto da terapia – muitas vezes pode aprender a comunicar, sem internalizar as emoções e os pensamentos.

Muitas vezes interpretamos a ideia de cuidar de nós mesmos como algo egoísta e realmente não é. Lembre-se, para ser o melhor amigo, cônjuge, pai ou filho ou profissional deve cuidar de si mesmo primeiro. Se o seu depósito estiver vazio não pode ser o tipo de pessoa que deseja ser para essas pessoas na sua vida.






Experimente por Si Própria/o

Meditações de · 10 a 40 mins

Curso de Mindfulness

Níveis 1, 2 e 3

Este curso de Mindfulness em 3 níveis ajudará, passo a passo, a iniciar e a manter uma prática de meditação sustentável, colhendo todos os benefícios.





O burnout é cada vez mais comum, especialmente com tudo que está a acontecer no mundo. O relatório "Mind the Workplace" de 2021 da Mental Health America descobriu que a maioria dos profissionais sondados estava a experimentar os primeiros sinais de burnout, com quase 83% dos entrevistados a sentirem-se emocionalmente esgotados no seu trabalho. Quase 1 em cada 4 colaboradores entrevistados experimentou os sinais mais graves de burnout, incluindo eficácia profissional reduzida e cinismo em relação aos colegas de trabalho e as seus empregos.

Como Mindfulness pode ajudar a prevenir o burnout?

Quando se trata de burnout apenas reconhecer o que estamos a experimenciar é o primeiro passo. Quando estamos esgotados, geralmente estamos entorpecidos ou em piloto automático, então notar pode ser bastante difícil - mas um ótimo primeiro passo para obter apoio para si mesmo. Uma vez que percebemos que podemos estar em burnout, essa capacidade de reconhecer como nos estamos a sentir, o que estamos a pensar e o que está a acontecer nas nossas mentes e corpos é cultivada e desenvolvida na nossa prática de mindfulness. Então, quando começa a sentir que algo não está certo, mindfulness é uma ferramenta a ser usada para ajudá-lo a se tornar mais consciente daquilo que não está certo para si.
Quando praticamos mindfulness tudo o que estamos a fazer é: pausar, observar, não-julgar ou nem tentar mudar alguma coisa ou ser “melhor”, mas dando a nós mesmos a oportunidade de retornar a uma sensação básica e inerente de serenidade e de uma visão mais clara do que está a acontecer. A partir desse ponto, estamos mais bem posicionados para sair desse estado de burnout.


Aqui estão alguns outros exercícios de mindfulness que pode tentar (incluídos nos cursos online.

É frequente os participantes dos cursos de MBSR e outros descreverem três principais insights:

A princípio, esses pontos podem parecer muito simplistas, mas quando prestamos atenção a como estamos a pensar e a sentir, com o tempo, tornamo-nos melhores na identificação da sobrecarga de emoções e pensamentos difíceis. Dessa forma, podemos lidar com eles mais habilmente, em vez de apenas reagir de maneiras que podem não ser boas para nós nem para os outros.

Práticas de mindfulness

Concentrando-se na respiração e no corpo, bem como no movimento consciente e desenvolvendo maior atenção consciente às atividades quotidianas – ajudam-nos a aprender a reconhecer as emoções e os padrões de pensamento que causam problemas.Aprendemos que pensamentos são apenas pensamentos. Eles não são fatos, e podemos escolher se lhes daremos poder sobre as nossas mentes e corações. Com o tempo eles podem até ajudar-nos a saborear e a desfrutar de todas as coisas que nos dão prazer e a obter uma sensação de realização sustentada.


  • 1. Auten, D., & Fritz, C. (2018). Mental health at work: How mindfulness aids in more ways than one. Organizational Dynamics, 48(3), 98-104. doi: 10.1016/j.orgdyn.2018.04.001.
  • 2. Marchand WR. (2012). Mindfulness-based stress reduction, mindfulness-based cognitive therapy, and Zen meditation for depression, anxiety, pain, and psychological distress. J Psychiatr Pract. 18(4):233-52. doi: 10.1097/01.pra.0000416014.53215.86.
  • 3. Hulsheger UR, Alberts HJ, Feinholdt A, Lang J.W. (2013). Benefits of mindfulness at work: The role of mindfulness in emotion regulation, emotional exhaustion, and job satisfaction. J Appl Psychol, 98(2):310-25. doi: 10.1037/a0031313.
  • 4. Taylor NZ, Millear PMR. (2016). The contribution of mindfulness to predicting burnout in the workplace. Pers Indiv Differ, 89:123-8. doi: 10.1016/j.paid.2015.10.005.
  • 5. Connor KM, Davidson JR. (2003). Development of a new resilience scale: The connor-davidson resilience scale (CD-RISC). Depress Anxiety., 18(2):76-82. doi: 10.1002/da.10113.
  • 6. Ong AD, Bergeman CS, Bisconti TL, Wallace KA. (2006). Psychological resilience, positive emotions, and successful adaptation to stress in later life. J Pers Soc Psychol., 91(4):730-49. doi: 10.1037/0022-3514.91.4.730.
  • 7. Ahern NR, Kiehl EM, Sole ML, Byers J. (2006). A review of instruments measuring resilience. Issues Compr Pediatr Nurs.,29(2):103-25. doi: 10.1080/01460860600677643.
  • 8. Lightsey OR. (2006). Resilience, meaning, and well-being. Couns Psychol, 34(1):96-107. doi: 10.1177/0011000005282369.
  • 9. Keye MD, Pidgeon AM. (2013). Investigation of the relationship between resilience, mindfulness, and academic self-efficacy. Open J Soc Sci.,1(6):1-4. doi: 10.4236/jss.2013.16001.
  • 10. Mealer M, Jones J, Newman J, McFann KK, Rothbaum B, Moss M. (2011). The presence of resilience is associated with a healthier psychological profile in intensive care unit (ICU) nurses: Results of a national survey. Int J Nurs Stud., 49(3):292-9. doi: 10.1016/j.ijnurstu.2011.09.015. [PubMed: 21974793].
  • 11. McGarry S, Girdler S, McDonald A, Valentine J, Lee SL, Blair E, et al.(2013). Paediatric health-care professionals: Relationships between psychological distress, resilience and coping skills. J Paediatr Child Health., 49(9):725-32. doi: 10.1111/jpc.12260. [PubMed: 23808920].
  • 12. Lü W, Wang Z, Liu Y, Zhang H. (2014). Resilience as a mediator between extraversion, neuroticism and happiness, PA and NA. Pers Indiv Differ. 2014;63:128-33. doi: 10.1016/j.paid.2014.01.015.
  • 13. Kaur M, Kaur R. (2017). Resilience as a predictor of burnout behaviour among secondary school teachers. Asian J Res Soc Sci Hum., 7(2):985. doi: 10.5958/2249-7315.2017.00143.5.
  • 14. Kaplan JB, Bergman AL, Christopher M, Bowen S, Hunsinger M. (2017). Role of resilience in mindfulness training for first responders. Mindfulness, 8(5):1373-80. doi: 10.1007/s12671-017-0713-2.
  • 15. Hulsheger, U. R., Alberts, H. J. E. M., Feinholdt, A., & Lang, J. W. B. (2013). Benefits of mindfulness at work: The role of mindfulness in emotion regulation, emotional exhaustion, and job satisfaction. Journal of Applied Psychology, 98, 310–325. http://doi.dx.org/10.1037/a0031313
  • 16. Roeser, R. W., Schonert-Reichl, K. A., Jha, A., Cullen, M., Wallace, L., Wilensky, R., Harrison, J. (2013). Mindfulness training and reductions in teacher stress and burnout: Results from two randomized, waitlist-control field trials. Journal of Educational Psychology, 105, 787–804. http://doi.dx.org/10.1037/a0032093
  • 17. Jennings, P. A., & Greenberg, M. (2009). The prosocial classroom: Teacher social and emotional competence in relation to child and classroom outcomes. Review of Educational Research, 79, 491–525. http://doi.dx.org/10.3102/0034654308325693
  • 18. Cohen-Katz, J., Wiley, S., Capuano, T., Baker, D. M., Deitrick, L., & Shapiro, S. (2005). The effects of mindfulness-based stress reduction on nurse stress and burnout: A qualitative and quantitative study, part III. Holistic Nursing Practice, 19, 78–86. http://doi.dx.org/10.1097/00004650-200503000-00009
  • 19. Kabat-Zinn, J. (2003). Mindfulness-based interventions in context: Past, present, and future. Clinical Psychology: Science and Practice, 10, 144–156. http://doi.dx.org/10.1093/clipsy.bpg016






Cursos | Eventos | Retiros



Artigos Relacionados







Curso de Introdução ao Mindfulness

3 níves separados - 58 áudios - 46 práticas
Aprender a praticar Mindfulness e a Florescer

Orientado Vítor Bertocchini, PhD.

Online - Inicia quando quiser





        © 2019 Meditt.space